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Preços dos imóveis registram queda, mas juros sobem. É hora de comprar?07/08/2015 Com o fim da disparada dos preços dos imóveis e o mercado desaquecendo, muitos consumidores se questionam se esta seria uma oportunidade de bom negócio ou mais um momento de cautela. É hora de comprar ou de economizar? Os preços estão mesmo caindo: segundo o índice FipeZap, o valor anunciado, descontada a inflação, teve queda de 4,94% nos 12 meses até julho. Mas houve também redução do limite de financiamento para imóveis usados pela Caixa Econômica Federal e a elevação das taxas de juros dos financiamentos imobiliários pelo Banco do Brasil. Os especialistas alertam que o momento atual requer muito cuidado em relação a endividamentos de valor alto e prazo longo como um financiamento imobiliário. “Num ambiente de recessão, em que estão acontecendo demissões na indústria, nos serviços, financiar talvez não seja uma boa”, diz o consultor e sócio do Minhas Economias, Paulo Sain. Ele afirma que pode ser perigoso “assumir uma dívida grande e ter o risco de perder o emprego em seguida”. “Endividado e sem emprego fica difícil.” Alexandre Chaia, professor do MBA Executivo do Insper, tem o mesmo posicionamento. “Hoje não é o momento de fazer dívida a longo prazo devido ao momento da economia. Você não tem certeza se vai ter a capacidade de pagamento futuro”, diz. Sain aponta que, para assumir um financiamento num momento como o atual, é preciso ter segurança de que não haverá desemprego. “Se você for um funcionário público e conseguir achar uma pechincha, já que os preços tendem a se estabilizar ou até cair, como é um emprego estável pode até ser que consiga um bom financiamento”, ressalva. A taxa básica de juros da economia, a Selic,subiu pela sétima vez seguida no final de julho, para 14,25% ao ano. Paulo Sain aponta que o consumidor deve ficar atento aos juros mais altos, que podem aumentar consideravelmente o valor total do investimento. “A Selic chegou a 14,25%. As taxas do financiamento também cresceram. Então na verdade o preço do imóvel pode ter até caído, mas o custo dos juros é maior”, alerta. Chaia lembra que a dívida do aluguel é fixa e, se existe a oportunidade de se livrar dela, pode ser um bom negócio. “Se a pessoa está juntando há muito tempo e tem uma parcela grande do valor, e se tem um custo de aluguel que vai continuar existindo ela perdendo o emprego ou não, é vantagem [comprar]. Afinal, tem muita construtora querendo dar desconto. Existe essa vantagem de um momento em que o comprador tem um poder maior”, diz. Para Chaia, este não é o momento mais indicado para esse tipo de escolha. “Para investir não é um bom momento. Os preços dos imóveis não vão subir por um bom tempo, porque nos próximos dois anos eu não vejo cenário positivo para volta de emprego e a volta de confiança do consumidor”, diz o especialista. Sain aponta que “o aluguel é uma boa forma de investimento”, mas o momento atual requer senso de oportunidade para isso. “Só se a pessoa achar alguma pechincha de um imóvel com preço em conta.” O especialista lembra que, para fazer esse tipo de investimento, “a pessoa deve ter outros recursos em ativos líquidos.” “Tem que ser aquela pessoa que tem dinheiro em CDB, poupança e outros ativos e que, se precisar de algum dinheiro de emergência, não vai precisar vender o imóvel correndo.” Para os especialistas, o melhor é esperar. “Não tem muito o que fazer. Quanto mais pressa tiver para vender o imóvel, menos preço vai obter. Mas se você não está no desespero, com o imóvel em boas condições, bem localizado, ainda vai conseguir um preço variável. O que não vai conseguir é aquela expectativa de crescimento que tinha antes”, diz Sain. “Se tiver um comprador com preço justo, faça o negócio agora. O que não se pode ter é a expectativa de conseguir um preço alto num momento desses.” “Casais jovem que pensam em comprar imóvel talvez devessem reavaliar e simplesmente alugar”, opina Sain. “Como o momento é difícil, é uma opção em vez de financiar. Isso porque, se você perder o emprego ou tiver algum problema, é mais fácil se desfazer do imóvel alugado do que o financiado. Para vender um imóvel precisa pagar a comissão do corretor que é 6%, mais taxas, impostos. Para quem está começando a vida é um investimento que talvez não valha a pena”, avalia. “Mesmo que você pague o aluguel e pense que vai ‘jogar o dinheiro fora’, num ambiente como o atual é muito mais seguro porque te dá a liberdade de fazer escolhas.” Fonte: http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/08/precos-dos-imoveis-registram-queda-mas-juros-sobem-e-hora-de-comprar.html Outras NotíciasNovos clientes e exigência por diferenciais Alto PadrãoPor fim, outro fator que tem impulsionado o setor é o surgimento de novos clientes nesse mercado. Tradicionalmente, os clientes ...Mercado de imóveis de luxo cresce no Brasil e preços passam dos R$ 40 milhões; veja apartamentos por dentroSão considerados imóveis de alto padrão aqueles com ticket médio entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão. 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